Há memórias, situações e histórias antigas que se alojaram no profundo do nosso ser e que influenciam a forma como sentimos, agimos e pensamos hoje.  Podem ter sido vivências em criança e, hoje, habitam a nossa criança interior, ou podem ter sido vividas em adolescentes ou na fase adulta.

Se essas vivências são boas, ótimo. Se são vivências menos boas, podem estar “a causar mossa.” Apesar de marcantes e importantes, tantas vezes já nem nos lembramos dessas experiências e, outras vezes, afastamo-las do nosso pensamento.

A forma como sentimos e entendemos uma situação num determinado momento da vida foi criada com base no nosso mundo dessa altura (na informação, no ambiente, na maturidade e no contexto que tínhamos no momento).

Se essa situação foi profundamente marcante ficou impressa na nossa história, com as sensações e sentires do momento e pode ter criado crenças e bloqueios que permanecem até ao momento presente.

Ao revisitarmos uma situação do passado com os olhos do momento presente (inevitavelmente diferentes) damo-nos permissão para a sentir, compreender e acolher de outra forma, sob outra perspetiva. Com isso, abrimos portas para o novo e para que crenças e bloqueios possam ser diluídos.